Dismorfia Corporal: Quando a Imagem no Espelho Não Reflete a Realidade
- TKS Comunicação
- 8 de ago.
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Com a endocrinologista Dra. Carolina Mantelli
Você já ouviu falar em Transtorno Dismórfico Corporal (TDC)? Essa condição vai muito além da insatisfação comum com a aparência. Trata-se de um transtorno psicológico marcado por uma preocupação excessiva com imperfeições físicas — muitas vezes inexistentes ou quase imperceptíveis — que pode comprometer profundamente a autoestima, os relacionamentos e até a saúde física e emocional.
Segundo a Dra. Carolina Mantelli, endocrinologista, metabologista e criadora do método “Calça Meta” de emagrecimento, é essencial entender que o TDC não está ligado apenas a fatores emocionais. “Hormônios e metabolismo influenciam diretamente na forma como enxergamos a nós mesmos. O corpo e a mente são partes do mesmo sistema”, explica.
Entendendo o TDC: além do espelho
Os sintomas do Transtorno Dismórfico Corporal incluem preocupação constante com detalhes específicos da aparência, comportamentos repetitivos como se olhar no espelho com frequência, esconder partes do corpo, evitar situações sociais e uma sensação persistente de inadequação. “O sofrimento é real e diário”, reforça a médica.
Hormônios, emoções e imagem corporal
De acordo com a Dra. Carolina, o desequilíbrio hormonal pode intensificar distorções na autoimagem. Oscilações de cortisol, insulina e hormônios sexuais, por exemplo, influenciam diretamente o humor, a ansiedade e a forma como o corpo é percebido. “Muitas vezes, a paciente não entende por que se sente tão desconectada da própria imagem. O que ela não sabe é que seu corpo pode estar gritando por equilíbrio.”
Além disso, o estresse emocional — tão comum na vida moderna — atua como combustível para o TDC. “As emoções, quando não acolhidas, se acumulam e impactam diretamente na relação com o corpo. Tratar o TDC é também um convite à escuta interna”, diz a especialista.
O papel do método ‘Calça Meta’
Com foco na transformação saudável do corpo e da mente, o método “Calça Meta” une endocrinologia, educação alimentar, equilíbrio hormonal e acompanhamento emocional. “A paciente aprende a reconhecer seus limites, entender seus ciclos hormonais e adotar um olhar mais compassivo para si mesma. Em muitos casos, conseguimos ótimos resultados sem precisar de medicação, apenas com ajustes personalizados.”
Abordagem integrada e resultados reais
Para a Dra. Carolina, a chave está na abordagem integrativa. “Tratar apenas os sintomas físicos ou apenas os aspectos emocionais é como enxugar gelo. O TDC exige cuidado, presença e um plano terapêutico que respeite a individualidade de cada pessoa.”
Autoestima, sociedade e acolhimento
Diante de uma sociedade cada vez mais voltada para padrões estéticos irreais, é fundamental reforçar o autocuidado e o autoconhecimento. “Vivemos em um mundo que estimula a comparação constante. Precisamos educar emocionalmente nossos pacientes para que saibam diferenciar a realidade da pressão externa”, afirma.
E para quem enfrenta o TDC ou convive com alguém nessa situação? O conselho da médica é claro: “Procure ajuda especializada. O caminho da cura começa com o acolhimento. Não é fraqueza pedir apoio — é um ato de coragem.”
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